sábado, 18 de julho de 2009

Distrito Executivo de Beatriz - 11 Anos


Logo de sua descoberta pelos portugueses no ano de 1.507 e.p., a Igreja Católica se interessou pelo isolamento de Reunião e estimulou o envio de monges para a ilha, pois esta situação proporcionava um excelente meio de penitência para os religiosos. Através das doações de Dona Lilian de Biasi e Aurocastro, foi levantada a primeira construção em território beatrício, no ano de 1.573 e.p., às margens do Lago do Trevo, um Castelo que abrigou a Ordem de São Bento e Santa Maria Madalena. Esta construção, a Roca de Aurocastro, existe até hoje e serve de residência do Conselheiro-Mór de Beatriz. A partir da construção da Roca de Aurocastro, a população reuniã começou a se concentrar em seus arredores, fazendo com que surgisse um pequeno povoado, inicialmente chamado de Povoado de São Bento. Com o passar dos anos, e graças ao crescimento do povoado, a Coroa Portuguesa, elevou o povoado à condição de vila, passando a se chamar Vila de Aurocastro de São Bento. Corria o ano de 1.604 e.p. Por se encontrar no interior da ilha, em uma posição estrategicamente protegida de possíveis ataques marítimos, a Vila de Aurocastro passou a ser considerada por todos como uma capital informal da colônia, com um forte comércio e uma grande circulação de pessoas, idéias e decisões. Observando esta tendência, novamente a Coroa Portuguesa interveio, transformando Aurocastro em capital de Reunião, mudando sua denominação para Burgo de Santa Beatriz Justine dos Anjos de Aurocastro, nome dado em homenagem à mãe do então Alcaide da antiga vila. Com o passar dos séculos, este nome longo e complicado acabou sendo esquecido, sendo o burgo atualmente conhecido apenas como Beatriz. A partir da dominação francesa, em 1.642 e.p., Beatriz passou a desenvolver-se, transformando-se num dos mais ativos burgos de Reunião, concentrando sob suas vistas grande parte da política, tecnologia, arte, filosofia e comércio do Império. Esta inclinação de Beatriz para as artes se espelha em seu magnífico museu, a Casa Brancaleone, um dos mais prestigiados museus reuniãos, tendo já cedido suas dependências para inúmeras exposições de arte que passaram por Reunião. Um dos mais aclamados acontecimentos foi a exposição das renomadíssimas esculturas do mestre francês Rodin, que honraram as galerias da Casa com sua presença. Além do Museu, há ainda a famosa Biblioteca Machado de Assis, com um dos maiores, senão o maior acervos literários da ilha. Com os sucessivos acontecimentos históricos pelos quais passou, as várias mudanças de soberanos e regimes políticos, hodiernamente Beatriz não é mais a única capital reuniã, dividindo este privilégio com Saint-Denis (Capital Imperial) e Saint-André (Capital Judicial), mantendo apenas a honrosa condição de Capital Administrativa do Sacro Império de Reunião. Em 1998, a cidade de Beatriz foi retirada da jurisdição da Capitania de Straussia, tornando-se um Distrito autônomo, com Governador próprio e casa legislativa independente da da Capitania. Desse modo, foi seu status novamente elevado, desta vez para Distrito Executivo de Beatriz. Desde aquele momento Beatriz passou a ser o centro do poder executivo em Reunião e, em virtude disso, um território muito cobiçado. Durante várias ocasiões Straussia reinvindicou Beatriz, culminando com uma invasão ilegal em 2004 que foi dissolvida pelo moderador após plebicito popular em que o povo beatrício, por unanimidae, defendeu a manutenção de sua condição atual. Superados todos os obstáculows, a "Beatriz para os Beatrícos" prospera a passos largos.

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